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HISTÓRICO DO 14º RC Mec

Publicado: Sexta, 18 de Setembro de 2015, 03h07 | Última atualização em Quarta, 09 de Novembro de 2022, 13h49 | Acessos: 181049

  

         Na década de 1840, vivia o Brasil, ainda Império, um conturbado período subsequente às lutas internas do período Regencial, e que antecedeu a Guerra Contra Oribe e Rosas, envolvendo as nações do Prata. Assim, contando com a Cavalaria Regional do Rio Grande do Sul, que não onerava o Tesouro Nacional, o Império estabeleceu por lei a organização de suas forças militares. Assim, além do Estado-Maior Geral de 1ª e 2ª Classe, aparece o Corpo de Engenheiros, o Corpo de Saúde e as Forças de 1ª linha de Corpos Móveis ou de Campanha de Corpos Fixos ou de Guarnição.
      Assim, o Decreto nº 214, de 20 ago 1842, criava o mais remoto antecedente do 14º Regimento de Cavalaria Mecanizado (14º R C Mec), na Guarnição Fixa de Goiás, com o nome de "CORPO DA GUARNIÇÃO DA PROVÍNCIA DE GOIÁS", composto por um pequeno efetivo de duas armas: duas Companhias de Caçadores e uma Companhia de Cavalaria.
      Em dezembro de 1865, visando atender às necessidades da Guerra da Tríplice Aliança, a Companhia de Cavalaria foi transformada em “2º CORPO DE CAÇADORES A CAVALO”, o qual permaneceu com sua sede em Goiás e somente teve sua organização completa em 18 de novembro de 1867. Durante a Guerra, a Unidade participou das importantes batalhas de CARAPÁ, CURUZÚ e CURUPAITI, que hoje designam o 1º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado (1º Esqd C Mec), o Esquadrão de Comando e Apoio (Esqd C Ap) e o 3º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado (3º Esqd C Mec), respectivamente.
      Sobre a atuação da Unidade na Guerra da Tríplice Aliança, em 18 de julho de 1866, na Província de CARAPÁ, situada a margem esquerda do Rio Paraguai (PARAGUAI), dava-se início ao Combate contra a posição de Isla CARAPÁ, onde tomou parte, compondo o Exército Brasileiro, aliado aos Exércitos Argentino e Uruguaio. Da mesma forma, em 18 de agosto de 1866, as forças aliadas iniciaram a ação ofensiva contra a posição defendia pelo Exército Paraguaio denominada CURUZÚ, culminando em 3 de setembro do mesmo ano com a tomada da referida posição. Após a tomada de CURUZÚ, iniciava-se o planejamento do ataque a posição denominada CURUPAITI, situada na região de CURUPAITI (PARAGUAI). A demora no ataque, após a tomada de CURUZÚ, deu margem a que o inimigo melhorasse as condições de defesa de CURUPAITI. Enfim, a 22 de setembro do mesmo ano, iniciava-se pelas forças aliadas o ataque a CURUPAITI. Tudo, até antes do desembocar do ataque, parecia suficientemente forte aos comandantes das forças aliadas, no entanto, a vitória somente veio devido ao forte bombardeio proporcionado pela artilharia aliada e pela forte ação terrestre, que ocasionou pesadas baixas, comparativamente com os ataques às posições de CARAPÁ e CURUZÚ.
      Em 1870, recebeu a denominação de "2º CORPO DE CAVALARIA DA GUARNIÇÃO DE GOIÁS", sendo então empregado pelo Presidente da Província nos serviços de Guarnição, nos Destacamentos de Fronteira e nos serviços de correio para a Corte.
      Em 1879, foi o 2º Corpo de Cavalaria transferido para o Paraná, chegando a Curitiba após penosa marcha em 16 de julho desse ano. Em sua nova sede o 2º Corpo se reorganiza, chegando a ser uma Unidade de notável eficiência militar.
      Em 1888, em consequência de modificações na estrutura do Exército eis que o 2º Corpo passa a denominar-se "8º REGIMENTO DE CAVALARIA LIGEIRA (8º R C L)" agora fazendo parte da 3ª Brigada.
      Em 1894 e 1896, por força dos movimentos políticos revolucionários que envolveram várias Províncias, O 8º R C L esteve aquartelado no Rio de Janeiro então capital da República, em Campanha e em São João del Rei, ambas em Minas Gerais.
      Em meados de 1896 foi ainda uma vez transferido, desta feita para São Gabriel-RS, aonde chegou no final de agosto daquele ano. Em 1908 sobreveio nova reestruturação do Exército e o 8º RCL passou a chamar-se "10º REGIMENTO DE CAVALARIA (10º R C)", sendo designada a cidade de Santana do Livramento-RS para sua sede, onde permaneceu até 1915.
      Mas o Exército continuava evoluindo e buscando em novas organizações a melhor forma de cumprir as suas missões. Assim, novamente o então 10º R C é atingido por medidas governamentais e fica sem efetivo a partir de 1915.
Por Decreto de 7 de novembro de 1917, foi o Regimento reativado com o mesmo número, porém com sede em Dom Pedrito-RS, onde recebeu efetivo em 1918.
      Em dezembro de 1919 passou a denominar-se "3º REGIMENTO DE CAVALARIA DIVISIONÁRIO" e, em 8 de fevereiro de 1924, tomou a numeração 14 e a designação "REGIMENTO DE CAVALARIA INDEPENDENTE", ainda com sede em Dom Pedrito-RS.
      Em julho 1946, teve outra vez mudada a sua designação para "14º REGIMENTO DE CAVALARIA", que conservou até 1969 quando, em virtude da remodelação das Forças Terrestres deixou de ser hipomóvel, recebeu os Carros de Combate Leve M3A1 e passou a denominar-se "14º REGIMENTO DE CAVALARIA MECANIZADO".
     Nos anos de 1981 e 1982 teve seus carros de combate e de transporte de pessoal de fabricação americana substituídos pelos blindados CASCAVEL e URUTU, de fabricação brasileira.
Também em 15 de dezembro de 1982 teve um dos seus Esquadrões, o 2º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado (2º Esqd C Mec), transferido para Jaguarão-RS onde, sob a denominação de 8º Esqd C Mec, passou a integrar a 8ª Bda Inf Mtz.
      Em Dom Pedrito-RS, recebeu a denominação histórica de “REGIMENTO LANCEIROS DO PONCHE VERDE”, em homenagem à PAZ DO PONCHE VERDE, episódio final da Revolução Farroupilha (1835/1845), ocorrido na localidade de Ponche Verde, interior do município de Dom Pedrito, onde o Marechal Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, à frente das tropas do Império, selou com os Farrapos o fim daquele confronto fratricida, estabelecendo a unidade da Pátria Brasileira.
      Com a reestruturação do Exército Brasileiro na década de 1990, a FT 90, o Regimento foi transferido de Dom Pedrito-RS para a atual sede, em São Miguel do Oeste-SC, deslocando-se no período de 06 a 08 de dezembro de 1988.
      Em São Miguel do Oeste-SC, absorveu, em 31 de dezembro de 1988, o 1º Esquadrão/21º Regimento de Cavalaria Mecanizado, descendente direto do 15º Regimento de Cavalaria Independente, de Castro-PR, e do 1º Esquadrão Independente de Cavalaria, de Guarapuava-PR, compondo assim a 4ª Subunidade do Regimento, o 2º Esqd C Mec, que recebeu a denominação histórica de “ATALAIA DO OESTE”.
      Após sua chegada no extremo oeste catarinense, o Regimento esteve presente em acontecimentos significativos para o Exército e a nação brasileira: de 28 de agosto de 1996 a 17 de fevereiro de 1997, um Pelotão de Cavalaria Mecanizado integrou a Missão de Paz das Nações Unidas denominada “UNAVEM III” que ocorreu em Angola, no continente Africano.
      No período de 10 de novembro a 20 de dezembro de 2005, participou da Operação Boiadeiro V, conforme convênio firmado entre o Ministério da Defesa e o Governo do Estado de Santa Catarina, com a finalidade de combater a febre aftosa.
      No período de 04 de agosto de 2010 a 11 de fevereiro de 2011, um Pelotão de Fuzileiros Mecanizado integrou o 13º Contingente do BRABAT (Batalhão de Infantaria de Força de Paz), participando da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti, na América Central (“MINUSTAH”).
      No ano de 2011, entre os meses de maio e agosto, um Esquadrão de Força de Pacificação integrou as tropas da 5ª Brigada de Cavalaria Blindada, que atuou em uma missão de Garantia da Lei e da Ordem denominada “OPERAÇÃO ARCANJO”, que teve por objetivo cooperar com a pacificação do Complexo do Alemão, na cidade do Rio de Janeiro-RJ.
      No final de 2011, iniciou-se a preparação de uma subunidade a dois pelotões, a qual integrou o BRABAT/2, do 16º contingente, colaborando na estabilização da Nação Haitiana. A missão teve a duração de abril a novembro de 2012.
      No período de 5 a 28 de junho de 2014, participou da missão de Segurança da Copa do Mundo FIFA 2014, em Curitiba PR, como parte da Força Tarefa do 5º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado, atuando com dois Pelotões de Exploradores e um Pelotão de Fuzileiros Mecanizado.
      Em abril de 2015, participou das ações de ajuda humanitária a população dos municípios de Xanxerê-SC e Ponte Serrada-SC, que foram atingidos por um tornado, realizando o apoio na distribuição de alimentos, água, roupas, colchões,  material de limpeza e higiene, além de desobstrução de vias e remoção de escombros.
     No período de 20 de julho a 22 de agosto de 2016, um Pelotão de Fuzileiros integrou as tropas da 5ª Divisão de Exército que atuou em missão de segurança dos Jogos da XXXI Olimpíada – Rio 2016, na cidade do Rio de Janeiro-RJ, e no período de 7 a 18 de setembro de 2016 atuou na segurança dos Jogos da XV Paralimpíada – Paralimpíada Rio 2016.
      Em 3 de dezembro de 2016 no município de Chapecó-SC, participou da organização e realização das homenagens com Honras Fúnebres, aos 71 integrantes da Associação Chapecoense de Futebol, que faleceram em um acidente aéreo na Colômbia, realizando também a segurança do Presidente da República e autoridades que acompanharam as homenagens.

        Em 23 de março de 2020, o Regimento participou da Operação COVID, que teve o objetivo de mitigar os impactos causados à população brasileira pela disseminação da pandemia causada pelo vírus COVID-19.

       No dia 29 de junho de 2021, o Regimento recebeu seis Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal Médio sobre Rodas (VBTP-MR) Guarani. A chegada dos Guaranis marca a modernização do 14° RC Mec com a utilização de uma nova plataforma de combate.

 

 

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